Como alguns amigos sabem, desde sexta passada (25/9), minha mãe está internada no hospital israelista Albert Einstein, em São Paulo.
Durante esse período, tenho passado a maior parte do tempo com ela e, nas minhas horas de alimentação, acabo observando certas coisas (não necessariamente gastronômicas), que agora compartilho com vocês.
- foi a primeira vez que vi um caixa eletrônico 24 horas do banco Safra fora da agência.
- quando estávamos preenchendo o cadastro de pagamento, a atendente nos perguntou: "Qual é a sua religião?". E eu, de bate-pronto: "Tem algum desconto?". Antes de me converter ao judaísmo, ela me explicou que, claro, não há diferença de preço. "É só para sabermos das restrições do paciente. Se é testemunha de Jeová, por exemplo, não pode receber transfusão de sangue". Aposto que a Sonia Hernandes, da Renascer em Cristo, que estava com toda a família por aqui, também deve ter ficado assustada com a pergunta "religiosa".
- todos os pontos de alimentação do hospital são mantidos pelo Viena: cafeteria, bufê por quilo (express) e um restaurante, com bufê a preço fixo e até forno a lenha para pizza. Como a fome não é algo recorrente - o stress lima meu paladar -, sempre recorro ao pão de queijo da cafeteria pra não ficar de estômago vazio. Realmente é muito gostoso, tem um certo azedinho que vai muito bem com o café com leite. Algumas vezes estava mais seco, outras um pouco cru, mas no geral a avaliação é positiva.
- para uma refeição de verdade, o ideal mesmo é o quilo. Quando a fome aparece, costumo gastar uns 18 a 20 reais, incluindo o suco de laranja natural. Sempre há boas opções de salada (pupunha, tabule), massas (ravióli verde com molho de tomate concassé) e grelhados (truta, salmão). A sorte de estar no Einstein é encontrar sugestões judaicas, como o gefilte fish.
- hoje resolvi pedir um misto quente na hora do lanche. Eis que meu sanduba chega, com queijo e...blanquet de peru. Eu pergunto: "Cadê meu presunto?". E o gerente: "Aqui é probido falar em carne de porco. Até a pizza portuguesa leva o peru no lugar". Isso que é a religião levada a sério.
- quem quiser relaxar, pode acompanhar o ensaio da Orquestra Filarmônica dos Musimédicos do hospital, que acontece toda quarta-feira, às 21h, no auditório. Não é exatamente aberto ao público, mas é só chegar de mansinho que dá pra acompanhar. E também pode dar um alô pro meu amigo Cassiano (vulgo MusicMan), que toca sax!
Se outras observações aparecerem (já que ainda não há previsão certa de alta), escreverei aqui.
Ah, obrigada a todos pelas mensagens de apoio. Mama e toda a família agradecem!
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
sexta-feira, 26 de junho de 2009
Meu prato inesquecível
A pergunta é recorrente quando revelo que sou uma jornalista especializada em gastronomia: "Qual é seu prato inesquecível?". Depois de 10 anos trabalhando na área e há 29 comendo muito, poderia falar do ravióli de lula recheado com sua própria tinta do Martín Berasategui, do sorvete de foie gras do El Bulli (acho inédito em 2001) ou mesmo das ostras com sagu de tapioca, caviar e bisque do Per Se. Mas eles se tornam meros coadjuvantes na minha vida quando aquela cena vem à tona.
Tinha acabado de sair do banho. A água pura da montanha, que abastecia a caixa d'água, sempre deixava meu cabelo lisinho e macio. O friozinho daquele dia ensolarado completava o frescor que sentia no rosto, levemente corado depois de horas brincando na grama de casa. E foi na mesma grama que minha mãe montou uma mesinha e colocou a cadeirinha de madeira, que havia sido do meu avô, para me sentar. Logo que saí do banho, avisou em voz alta: "Seu almoço já está pronto!". Corri para minha cadeira favorita e lá estava meu prato de plástico verde. E nele, minha refeição inesquecível. Arroz branco, misturado com carne moída e pepino picado, levemente temperado com azeite, sal e vinagre de vinho branco. Simples assim, delicioso como nunca e na minha memória pra sempre.
Tinha acabado de sair do banho. A água pura da montanha, que abastecia a caixa d'água, sempre deixava meu cabelo lisinho e macio. O friozinho daquele dia ensolarado completava o frescor que sentia no rosto, levemente corado depois de horas brincando na grama de casa. E foi na mesma grama que minha mãe montou uma mesinha e colocou a cadeirinha de madeira, que havia sido do meu avô, para me sentar. Logo que saí do banho, avisou em voz alta: "Seu almoço já está pronto!". Corri para minha cadeira favorita e lá estava meu prato de plástico verde. E nele, minha refeição inesquecível. Arroz branco, misturado com carne moída e pepino picado, levemente temperado com azeite, sal e vinagre de vinho branco. Simples assim, delicioso como nunca e na minha memória pra sempre.
sábado, 23 de maio de 2009
Mendoza 1 - Pit stop em Santiago
Tive o prazer de viajar para Mendoza, a convite da LVMH, e conhecer os vinhedos de Terrazas e Cheval des Andes, duas linhas de vinho do grupo, já conhecidas pelos bebedores daqui. Como alguns companheiros de viagem (e ótimos amigos) já postaram sobre a viagem em seus blogs (Luluca, Kats, Ale), resolvi colocar algumas notas complementares, que julgo interessantes para quem visitar a cidade.
- Viajar para Mendoza não é fácil, principalmente para aqueles que entram no avião como se estivessem indo para a cadeira elétrica (prazer, sou eu). São dois voos: de São Paulo para Buenos Aires e de lá para Mendoza, ou até Santiago e então para a cidade portenha. A LVMH foi sábia em escolher a segunda opção, já que em BsAs teríamos de trocar de aeroporto. E durante o intervalo entre os voos pudemos conhecer o mercado central da capital chilena, com direito a um almoço no restaurante Donde Augusto. Com a companhia dos vinhos Medalla Real e Leyda, ambos Sauvignon Blanc 2008, provamos angulas, vieiras, camarões, matchas (um marisco rosado da região) com parmesão gratinado e gigantes centollas, como podem ver na foto.
Uma curiosidade foi o conhecer o pepino chileno. Longe de ser a nossa leguminosa, é uma fruta bastante doce, do tamanho de um abacate mexicano, parecido com o sabor de um cantaloupe (na foto também).
Bom, deu para perceber como aproveitamos bem nosso tempo de espera entre os voos. É uma dica valiosa, dada pelo companheiro de viagem Mauro Marcelo Alves.
- Um ponto importante para quem GOSTA de viajar de avião. A rota com passagem por Santiago proporciona uma vista incrível da Cordilheira do Andes. E melhor, duas vezes!
- Outra grande vantagem de passar por Santiago é fazer umas comprinhas no free shop de lá. Falo de vinhos, é claro. Levei um Alba de Domus 2006, da Domus Aurea, no Valle Maipo Alto; Sideral 2003, da Viña Altair, no Vale do Rapel; e Tabalí Reserva Especial 2006, do Vale do Limarí. A brincadeira ficou em torno de 100 dólares, mas tenho certeza de que cada gole compensará o gasto!
No próximo post, prometo falar de Mendoza!
- Viajar para Mendoza não é fácil, principalmente para aqueles que entram no avião como se estivessem indo para a cadeira elétrica (prazer, sou eu). São dois voos: de São Paulo para Buenos Aires e de lá para Mendoza, ou até Santiago e então para a cidade portenha. A LVMH foi sábia em escolher a segunda opção, já que em BsAs teríamos de trocar de aeroporto. E durante o intervalo entre os voos pudemos conhecer o mercado central da capital chilena, com direito a um almoço no restaurante Donde Augusto. Com a companhia dos vinhos Medalla Real e Leyda, ambos Sauvignon Blanc 2008, provamos angulas, vieiras, camarões, matchas (um marisco rosado da região) com parmesão gratinado e gigantes centollas, como podem ver na foto.
Uma curiosidade foi o conhecer o pepino chileno. Longe de ser a nossa leguminosa, é uma fruta bastante doce, do tamanho de um abacate mexicano, parecido com o sabor de um cantaloupe (na foto também).
Bom, deu para perceber como aproveitamos bem nosso tempo de espera entre os voos. É uma dica valiosa, dada pelo companheiro de viagem Mauro Marcelo Alves.
- Um ponto importante para quem GOSTA de viajar de avião. A rota com passagem por Santiago proporciona uma vista incrível da Cordilheira do Andes. E melhor, duas vezes!
- Outra grande vantagem de passar por Santiago é fazer umas comprinhas no free shop de lá. Falo de vinhos, é claro. Levei um Alba de Domus 2006, da Domus Aurea, no Valle Maipo Alto; Sideral 2003, da Viña Altair, no Vale do Rapel; e Tabalí Reserva Especial 2006, do Vale do Limarí. A brincadeira ficou em torno de 100 dólares, mas tenho certeza de que cada gole compensará o gasto!
No próximo post, prometo falar de Mendoza!
terça-feira, 5 de maio de 2009
Aula mexicana
O México é lindo. Moles, margaritas, tamarindo são minhas primeiras lembranças de um país altamente gastronômico e pouco explorado por aqui. Só quando eu visito a casa de Lourdes Hernández, cozinheira de mão cheia, que consigo matar um pouco das minhas saudades com um jantar recheado de sabor e espírito mexicanos. Quem ainda não teve a oportunidade de provar seus quitutes e receber seus emails que parecem um roteiro de filme, poderá conhecê-la pessoalmente na aula que ministrará na Escola Wilma Kövesi de Cozinha (11/5, das 19h às 22h, R$ 180). Enquanto falará sobre cozinha como "uma geografia poética", também preparará um prato com arroz, cuitlacoche (iguaria vinda da fermentação do milho) e rabada - três ingredientes difundidos na cultura mexicana em preparo contemporâneo. Mais informações: (11) 3063-1592
segunda-feira, 20 de abril de 2009
domingo, 12 de abril de 2009
Pão de Páscoa
Algumas tradições são essenciais para refrescar minha memória. A Páscoa sempre traz de volta o cheiro de pão assando no forno, que me acompanha desde meus primeiros registros olfativos.
Meu avô, português, era padeiro (eu sei, é pleonasmo). E ele só fazia pão, sem os adendos que figuram nas modernas padarias da cidade-grande. A receita de seu pão só mudava no domingo de Páscoa, que ganhava aromas especiais para a data. Meu avô faleceu, minha avó continuou a prepará-lo. Minha avó também se foi, e minha mãe continua a nos proporcionar uma Páscoa cheia de reminiscências. Hoje, vendo o papel amarelado e puído, nas páginas finais para "anotações" do livro Comer Bem - Dona Benta (51a edição, Companhia Editora Nacional, adquirido em 28/06/1971 por minha mãe), decidi que a receita deveria caminhar para o mundo binário, de acesso irrestrito.
Espero que aproveitem, assim como faço a cada mordida saudosa.
Pão de Páscoa
1 kg de farinha de trigo
10 ovos inteiros
100 g de manteiga
1 colher (chá) de canela em pó
1 copo de açúcar
1 copo de azeite
1/2 cálice de uísque ou cachaça
1 colher (chá) de sal
50 g de fermento de padaria
3 gemas para pincelar
açúcar cristal para salpicar
Misture todos os ingredientes, sendo a farinha por último, amassando com as mãos. Deixe a massa descansar por uma hora. Faça o pão no formato que desejar e coloque em um tabuleiro untado e enfarinhado. Deixe descansar por mais 20 minutos. Pincele cada pão com a gema e salpique com açúcar cristal (o quanto baste).
Preaqueça o forno por 30 minutos a 180oC. Leve o tabuleiro ao forno e asse por 30 minutos (estará pronto quando ficar com a casca dourada).
Meu avô, português, era padeiro (eu sei, é pleonasmo). E ele só fazia pão, sem os adendos que figuram nas modernas padarias da cidade-grande. A receita de seu pão só mudava no domingo de Páscoa, que ganhava aromas especiais para a data. Meu avô faleceu, minha avó continuou a prepará-lo. Minha avó também se foi, e minha mãe continua a nos proporcionar uma Páscoa cheia de reminiscências. Hoje, vendo o papel amarelado e puído, nas páginas finais para "anotações" do livro Comer Bem - Dona Benta (51a edição, Companhia Editora Nacional, adquirido em 28/06/1971 por minha mãe), decidi que a receita deveria caminhar para o mundo binário, de acesso irrestrito.
Espero que aproveitem, assim como faço a cada mordida saudosa.
Pão de Páscoa
1 kg de farinha de trigo
10 ovos inteiros
100 g de manteiga
1 colher (chá) de canela em pó
1 copo de açúcar
1 copo de azeite
1/2 cálice de uísque ou cachaça
1 colher (chá) de sal
50 g de fermento de padaria
3 gemas para pincelar
açúcar cristal para salpicar
Misture todos os ingredientes, sendo a farinha por último, amassando com as mãos. Deixe a massa descansar por uma hora. Faça o pão no formato que desejar e coloque em um tabuleiro untado e enfarinhado. Deixe descansar por mais 20 minutos. Pincele cada pão com a gema e salpique com açúcar cristal (o quanto baste).
Preaqueça o forno por 30 minutos a 180oC. Leve o tabuleiro ao forno e asse por 30 minutos (estará pronto quando ficar com a casca dourada).
sexta-feira, 20 de março de 2009
Para pensar
Ao ver aquela multidão na 5 Ave, em Nova York, comemorando o St. Patrick's Day, fiquei realmente surpresa com a felicidade em celebrar uma data irlandesa. Perguntei a meu amigo o motivo, ele me deu a resposta óbvia. "Os americanos precisam de uma desculpa para se embebedar". E eu pensei: "os brasileiros não precisam de motivo para tal".
quarta-feira, 4 de março de 2009
segunda-feira, 2 de março de 2009
De portas fechadas
O estrelado The Fat Duck, do chef Heston Blumenthal, passa por uma "crise" ao ter cerca de 40 clientes com problemas de saúde. Clique djá
sábado, 21 de fevereiro de 2009
Com um ponto de interrogação na cabeça
Adoro o chef Alex Atala. Ele foi um dos poucos profissionais a valorizar os ingredientes tipicamente brasileiros, colocando-os no merecido topo da gastronomia.
Mas hoje de manhã, antes de aturar a estrada no Carnaval, me deparei com a seguinte manchete na Folha Online: "Alex Atala renuncia ao uso de foie gras e trufas no D.O.M, diz coluna". Surgiram alguns pontos de interrogação na minha cabeça.
Se você ainda teve preguiça de clicar no link, explico. O chef resolveu colocar em prática a vocação do restaurante em "ser brasileiro" e, por isso, renunciou o uso do foie gras e das trufas, escrevendo em letras graúdas sua decisão em cada um dos 20 cardápios da casa.
É muito admirável que um chef tome esta posição, que retire de sua cozinha ingredientes que vão contra a filosofia da casa. Mas agora me pergunto: se a vocação para a cozinha brasileira está em jogo, será que os vinhos franceses, italianos e outros elaborados além-fronteiras também desaparecerão da sua carta de bebidas, com o espaço reservado somente aos líquidos nacionais? E outra: precisava escrever isto em cada cardápio? Por que não somente retirar os referidos ingredientes do mesmo?
Vou esperar o Carnaval acabar e tentar falar com Atala. Se conseguir, volto a escrever sobre o assunto.
Boa folia a todos, com ou sem trufas e foie gras.
Mas hoje de manhã, antes de aturar a estrada no Carnaval, me deparei com a seguinte manchete na Folha Online: "Alex Atala renuncia ao uso de foie gras e trufas no D.O.M, diz coluna". Surgiram alguns pontos de interrogação na minha cabeça.
Se você ainda teve preguiça de clicar no link, explico. O chef resolveu colocar em prática a vocação do restaurante em "ser brasileiro" e, por isso, renunciou o uso do foie gras e das trufas, escrevendo em letras graúdas sua decisão em cada um dos 20 cardápios da casa.
É muito admirável que um chef tome esta posição, que retire de sua cozinha ingredientes que vão contra a filosofia da casa. Mas agora me pergunto: se a vocação para a cozinha brasileira está em jogo, será que os vinhos franceses, italianos e outros elaborados além-fronteiras também desaparecerão da sua carta de bebidas, com o espaço reservado somente aos líquidos nacionais? E outra: precisava escrever isto em cada cardápio? Por que não somente retirar os referidos ingredientes do mesmo?
Vou esperar o Carnaval acabar e tentar falar com Atala. Se conseguir, volto a escrever sobre o assunto.
Boa folia a todos, com ou sem trufas e foie gras.
quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009
Bons momentos
Fico com algumas lembranças gastronômicas na cabeça, que custo a postar no blog. Mas agora que fechamos a edição de março da Menu, estou com alguns segundos para contar os sabores que não saem de minha mente.
O restaurante Kinoshita, na Vila Nova Conceição, sempre me proporciona ótimas sensações. Uma delas foi durante um menu degustação harmonizado com saquês. Como estava levemente alcoolizada, pedi para a sommelière Chisato Ino me enviar por e-mail todas as delícias provadas, que compartilho com vocês:
Saquê Daiginjo-Koshi no aohisui (Niigata)
Polimento 42% com alcool etílico
Leve, seco, frutado
-Taça de ouriço
-Kakiague(tempra) com vieira e camarão
-Ussuzukuri de robalo
Saquê tipo Junmai Ginjo-Nanbu Bijin (Iwate)
Polimento 50%
Encopado, levemente seco, perfumado
-Sashimi de Toro com flor de sal
-Sushis
Saquê tipo Kimoto Junmai-Taiheizan Kimoto (Akita)
Polimento 59%
Meio corpado, bom acidez
ótimo para tomar como saquê quente (morno)
-Shake no Saikyo yaki
-Beef Katsu
Arigato, Chisato!!!
O restaurante Kinoshita, na Vila Nova Conceição, sempre me proporciona ótimas sensações. Uma delas foi durante um menu degustação harmonizado com saquês. Como estava levemente alcoolizada, pedi para a sommelière Chisato Ino me enviar por e-mail todas as delícias provadas, que compartilho com vocês:
Saquê Daiginjo-Koshi no aohisui (Niigata)
Polimento 42% com alcool etílico
Leve, seco, frutado
-Taça de ouriço
-Kakiague(tempra) com vieira e camarão
-Ussuzukuri de robalo
Saquê tipo Junmai Ginjo-Nanbu Bijin (Iwate)
Polimento 50%
Encopado, levemente seco, perfumado
-Sashimi de Toro com flor de sal
-Sushis
Saquê tipo Kimoto Junmai-Taiheizan Kimoto (Akita)
Polimento 59%
Meio corpado, bom acidez
ótimo para tomar como saquê quente (morno)
-Shake no Saikyo yaki
-Beef Katsu
Arigato, Chisato!!!
terça-feira, 20 de janeiro de 2009
Abaixo o ouro
A gastronomia é uma arte, sem dúvida. Faço esforços mensais para ter algum trocado extra para apreciá-la e matar minha gula em bons restaurantes de São Paulo, além de outras cidades quando viajo.
Eu pago um preço alto por comer foie gras, por exemplo. Não só financeiro, mas em nome do prazer que este fígado de pato ou ganso alimentado forçosamente me proporciona. Como eu já disse em um dos meus primeiros posts, eu não tenho pena do pato (ou ganso).
O mesmo falo da trufa branca fresca, ralada na hora num prato de espaguete com gema de ovo caipira. O momento é inenarrável. Vale cada centavo.
Mas o que levam gastrônomos e chefs de cozinha a gostarem de folhas de ouro na comida? Só pode ser por simples vaidade, porque elas não alteram o gosto ou aroma do prato - só encarecem seu preço. E muitos do que as consome somente mostram que tem dinheiro, e não necessariamente sabem apreciar uma verdadeira obra de arte.
Veja um exemplo claro clicando aqui
Eu pago um preço alto por comer foie gras, por exemplo. Não só financeiro, mas em nome do prazer que este fígado de pato ou ganso alimentado forçosamente me proporciona. Como eu já disse em um dos meus primeiros posts, eu não tenho pena do pato (ou ganso).
O mesmo falo da trufa branca fresca, ralada na hora num prato de espaguete com gema de ovo caipira. O momento é inenarrável. Vale cada centavo.
Mas o que levam gastrônomos e chefs de cozinha a gostarem de folhas de ouro na comida? Só pode ser por simples vaidade, porque elas não alteram o gosto ou aroma do prato - só encarecem seu preço. E muitos do que as consome somente mostram que tem dinheiro, e não necessariamente sabem apreciar uma verdadeira obra de arte.
Veja um exemplo claro clicando aqui
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