quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Coisas de Einstein

Como alguns amigos sabem, desde sexta passada (25/9), minha mãe está internada no hospital israelista Albert Einstein, em São Paulo.

Durante esse período, tenho passado a maior parte do tempo com ela e, nas minhas horas de alimentação, acabo observando certas coisas (não necessariamente gastronômicas), que agora compartilho com vocês.

- foi a primeira vez que vi um caixa eletrônico 24 horas do banco Safra fora da agência.

- quando estávamos preenchendo o cadastro de pagamento, a atendente nos perguntou: "Qual é a sua religião?". E eu, de bate-pronto: "Tem algum desconto?". Antes de me converter ao judaísmo, ela me explicou que, claro, não há diferença de preço. "É só para sabermos das restrições do paciente. Se é testemunha de Jeová, por exemplo, não pode receber transfusão de sangue". Aposto que a Sonia Hernandes, da Renascer em Cristo, que estava com toda a família por aqui, também deve ter ficado assustada com a pergunta "religiosa".

- todos os pontos de alimentação do hospital são mantidos pelo Viena: cafeteria, bufê por quilo (express) e um restaurante, com bufê a preço fixo e até forno a lenha para pizza. Como a fome não é algo recorrente - o stress lima meu paladar -, sempre recorro ao pão de queijo da cafeteria pra não ficar de estômago vazio. Realmente é muito gostoso, tem um certo azedinho que vai muito bem com o café com leite. Algumas vezes estava mais seco, outras um pouco cru, mas no geral a avaliação é positiva.

- para uma refeição de verdade, o ideal mesmo é o quilo. Quando a fome aparece, costumo gastar uns 18 a 20 reais, incluindo o suco de laranja natural. Sempre há boas opções de salada (pupunha, tabule), massas (ravióli verde com molho de tomate concassé) e grelhados (truta, salmão). A sorte de estar no Einstein é encontrar sugestões judaicas, como o gefilte fish.

- hoje resolvi pedir um misto quente na hora do lanche. Eis que meu sanduba chega, com queijo e...blanquet de peru. Eu pergunto: "Cadê meu presunto?". E o gerente: "Aqui é probido falar em carne de porco. Até a pizza portuguesa leva o peru no lugar". Isso que é a religião levada a sério.

- quem quiser relaxar, pode acompanhar o ensaio da Orquestra Filarmônica dos Musimédicos do hospital, que acontece toda quarta-feira, às 21h, no auditório. Não é exatamente aberto ao público, mas é só chegar de mansinho que dá pra acompanhar. E também pode dar um alô pro meu amigo Cassiano (vulgo MusicMan), que toca sax!

Se outras observações aparecerem (já que ainda não há previsão certa de alta), escreverei aqui.

Ah, obrigada a todos pelas mensagens de apoio. Mama e toda a família agradecem!

3 comentários:

Camila disse...

Bia,

Fico torcendo pela recuperação da sua mãe...

Um beijo,

Beatriz Marques disse...

obrigada!
acho que teremos alta hoje!
:-)
bjs

Chopp disse...

otimo post