sexta-feira, 6 de julho de 2007

Chega de Campos



Eu confesso. Não agüento mais ouvir falar sobre Campos do Jordão no inverno. Talvez pelas idas excessivas a trabalho, o "charme" pra mim não existe mais. O ar de "quero ser europeu" me desgasta. É decepcionante ver a pequena Capivari cheia de casacos ambulantes, felizes por terem uma desculpa para saírem do armário. Lá é a prova de que paulistano não vive sem trânsito, é um tumor cultural. Nas ruas apertadas está um enxame de carros parados em busca de olhares invejosos. O único conforto que vejo nesta cidade invernal é o que a gastronomia pode nos oferecer e confortar a alma. Os bons chopes da Baden Baden e Hop´s, a feijoada do Grande Hotel do Senac e outras casas que investem em produtos da estação, como fondues, raclettes e trutas. Mas será que vale a pena enfrentar todo esse caos para degustar o que a cidade tem de melhor? Meu conselho: espere o inverno acabar.

Um comentário:

Gringa disse...

Vou fazer alguns comentários, pode?
Primeiro, concordo plenamente. Campos já não é mais o que era há pelo menos uns 10 anos durante a temporada de inverno. Porém, o frio ainda resiste na cidade muito depois da estação e com boas garrafas de vinho - uruguaio (rs) - a cidade volta a ganhar seu charme sem a feira das vaidades. Então, sua missão é levar o Ian para lá. Sei que ele está super acostumado com o frio, mas outro dia ele veio me perguntar o que era Campos. Tem que mostrar!